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Loleepop Entrevista: Dz Mc's, a pioneira do Eletrofunk no Brasil!


Sucesso na internet e nos palcos, Dz Mc’s lançou recentemente seu Cd “Anota Aí”, composto inteiramente por ela. Nascida em uma família evangélica, a cantora sempre teve a música presente em sua vida, cantando inclusive na igreja, local que geralmente é o berço de muitos talentos da música pop, como Katy Perry, Miley Cyrus, Hayley Williams do Paramore, entre outros. Em meio a sua tumultuada agenda de shows e ensaios, a pioneira do Eletro Funk,Dz Mc’s, arrumou um tempinho pra trocar uma idéia com o Loleepop para falar um pouco sobre sua trajetória, influências, vazamento de álbum, participação na Parada LGBT, entre outros assuntos.


Você sempre cantou funk, como entrou nesse mundo?


Eu sou carioca, e sempre gostei de funk, com 15 anos eu era dançarina e dava aulas de lambaeróbica onde os ritmos mais pedidos eram axé e funk. Conheci meu empresário através disso, ele me chamou pra dançar, mas por ser menor não pude, pois era pra fazer uma turnê fora do país, mas fui cara de pau e falei que eu cantava. E então comecei a cantar funk.

Qual o papel da sua família em sua carreira? Eles sempre te apoiaram?


No inicio foi um pouco difícil, meu pai é pastor, e quando falei que ia cantar funk, um segmento diferente do gospel e do que ele sonhava pra mim ele ficou um pouco chateado. Mas, quando ele ouviu o meu primeiro Cd ele adorou. Hoje ele leva meu Cd no trabalho dele e mostra para as pessoas, todo orgulhoso! (risos)

Se engana quem é preconceituoso e diz que quem canta funk não tem cultura. Prova disso são as influências do pop e até R&B que o Eletrofunk e o Funk Melody tem. Estes estilos são dominados por Dz, que tem uma vasta e diversificada lista de influências musicais.

"Eu ouço muita coisa, desde as bem antigas, de quando eu nem era nascida, até as mais atuais. Me inspiro em muitas pessoas, sou fã de Lulu Santos, Boys 2 men, Beyoncé, Marisa Monte, Lauryn Hill… A lista é grande ! (risos)", conta a cantora.


Qual a maior loucura que já fez por um ídolo?


Eu nunca tive oportunidade de ver nenhum ídolo pessoalmente, mas tem duas pessoas que me fariam tremer na base. Uma é a Beyoncé, eu acho que ficaria sem fala se eu a visse pessoalmente e outra é o Jô soares, fico imaginando a minha cara se um dia eu for no programa dele. (risos)

Infelizmente, como podemos observar em nossa sociedade, ainda existe muito preconceito contra toda e qualquer minoria, seja por ser pobre, negro, gay, gordo, magro e outras infinidades de diferenças que temos.


E você, sofre muito preconceito por ser mulher e cantar funk?


No início sim, porque as pessoas acham que funkeiro não tem cultura e principalmente que não sabe cantar outro estilo que não seja o funk. Mas com paciência e muito trabalho eu vou quebrando isso. Sinto muitos olhares e tratamento diferente depois que me ouvem canta depois de cada show e fico muito feliz por mudar o pensamento das pessoas em relação a minha música.


Quais as maiores dificuldades que enfrentou na sua carreira?

Ficar longe da minha família, pra mim foi a maior delas.


No mês passado, você e a Mc Mayara fizeram o show de abertura da da Parada do Orgulho LGBT em Curitiba. Como foi participar deste evento?

Eu sempre ia, fui por dois anos consecutivos para apoiar e por que eu adoro ver todas aquelas pessoas alegres. Nossa eu fiquei muito feliz e me senti honrada, me trataram com tanto carinho, e cantaram comigo a minha primeira musica de Eletrofunk, foi incrível!


A parceria com Mc Mayara não é de hoje, as duas cantoras dividem o mesmo empresário e Dz Mc's foi uma das inspirações como artista, para a dona do hit "Ai Como Eu Tô Bandida", pois Dz foi a primeira a estourar com o Eletrofunk no país. Dz e Mayara tem um canal juntas no Youtube, o Canal das Perturbadas, além de dividirem o mesmo empresário e algumas músicas, que inclui até uma versão de "I Wanna Be" das Spice Girls. Aproveitando esta sintonia, as duas funkeiras agora saem em turnê juntas pelo país.

Conta um pouco pra gente a respeito desta turnê que você está fazendo com a Mc Mayara.


A Mayara é minha parceira, a gente se diverte muito nas viagens e ta dando super certo nossas músicas e maluquices juntas. (risos)


Você compõe todas as músicas de seus discos? Como funciona o processo de composição?


É um processo em que eu fico muito tensa. (risos) Porque não adianta forçar a inspiração vem de uma hora pra outra, muitas vezes quando estou no banho. Aí tenho que parar tudo pegar o celular e gravar o pensamento, porque se eu deixar pra fazer depois, ele foge.

Qual a importância da Internet na sua carreira?


A internet é uma mídia muito importante acho que na carreira de muitos artistas, é o termômetro mais rápido que a gente tem sobre o nosso trabalho e nos deixa mais próximo dos nossos seguidores.


O disco “Fuck Love” da Mc Mayara vazou bem antes do lançamento, assim como algumas músicas do teu disco também. Como você lidou com isso?


O vazamento não prejudicou, foi mais um aperitivo pra baixarem o cd completo (risos).


Recentemente você lançou oficialmente o disco “Anota Aí”, como foi o processo de gravação dele e qual o diferencial deste trabalho?


Esse Cd tem literalmente a minha cara, eu compus todas as faixas e foram 2 meses de gravação. Tem parceiria com a Mc Mayara e com o Dj Roque. As músicas e o resultado me deixaram muito feliz! Eu tô viciada no meu próprio Cd, ouço ele toda hora (risos).


Já existe planos de novos clipes para o disco?


Sim, agora vamos trabalhar nos clipes de algumas faixas do Cd e o primeiro clipe vai ser da musica "Me Deixa Sonhar".


Recentemente você aderiu aos dreads. Conta pra gente a respeito dessa mudança radical no visual. Por que decidiu mudar?

Eu tava enjoada da minha cara, mulher tem dessas coisas né? Eu comecei pesquisar e me interessei pelos dreads e achei o máximo! Além de ser diferente.

O que acha deste “novo funk” que tem sido feito por cantoras como Anitta, Lexa, Ludmilla e Valesca? Gosta do som de alguma delas?Acha que o funk é o novo pop do país?

Eu acho incrível, acompanho o trabalho de todas. Acredito sim que seja o novo Pop e que as mulheres estão dominando cada vez mais esse cenário.


Qual sua dica para quem está em busca do mesmo sonho?

Primeiro de tudo ter fé e acreditar no seu potencial, porque muita gente vai dizer coisas pra que você desista.


E pra encerrar, o que o público pode esperar da DZ em 2016 e o que você espera de si mesma para o futuro? Onde pretende chegar?

Músicas, clipes, funk e DZ com um show diferente com balé e banda. Espero tocar cada vez mais as pessoas com minha música, com minha verdade.


Obrigado pelo bate-papo Dz, desejamos todo o sucesso que você merece e aguardamos ansiosos por seus novos clipes!

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